CIRCO!!! E ISSO É GINÁSTICA?
- elessandromestrado
- 20 de mar.
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Ao entrarmos no mundo mágico do circo, precisamos entender um pouco melhor suas origens e desenvolvimento.
Não podemos datar com exatidão quando a atividade corporal circense foi originada, no entanto, Torres, ao citar Ruiz, coloca que
“... o remoto ancestral do artista de circo deve ter sido aquele troglodita que, num dia de caça surpreendentemente farta, entrou na caverna dando pulos de alegria e despertando com suas caretas, o riso de seus companheiros de dificuldades” (RUIZ, R. apud TORRES, A. O Circo no Brasil. Rio de Janeiro: Funarte, editora Atrações, 1998, p. 13)

De acordo com Castro (1997), os primeiros registros sobre artes circenses foram encontrados na China, em pinturas de quase 5.000 anos onde aparecem acrobatas, contorcionistas e equilibristas. A acrobacia, por exemplo, era uma forma de treinamento para guerreiros, cuja função social exigia agilidade, flexibilidade e força.
No entanto, as raízes da arte circense se fazem presentes em toda antiguidade clássica, desde os hipódromos da Grécia antiga até o grande Império Egípcio. Nas pirâmides do Egito, os primeiros sinais dessa arte estão gravados em desenhos de domadores, equilibristas, malabaristas e contorcionistas.
Contudo, foi na Europa que o circo ganhou força e se desenvolveu. Os espetáculos tomaram impulso no Império Romano, em anfiteatros cujas apresentações mais tarde seriam classificadas como atividades circenses. A importância e a grandiosidade desses espetáculos podem ser demonstradas pelo Circo Máximo de Roma (40 a.C). No lugar em que esse circo se instalava, foi criado, mais tarde, o Coliseu, que comportava mais de 87 mil espectadores e apresentava excentricidades como gladiadores, animais exóticos, engolidores de fogo, entre outros.

Porém, os espetáculos realizados no Coliseu tornaram-se sangrentos, com cristão jogados às feras e isso teve como consequência uma redução no interesse pelas artes circenses. No final do Império Romano, os artistas circenses passaram a se apresentar, então, em locais públicos, como praças e feiras (CASTRO, 1997).
De acordo com Soares (1998), o circo no Renascimento deslocava os habitantes das vilas e cidades de suas rotinas simples que envolviam apenas trabalho e descanso. O circo rompia com a ordem estabelecida ao proporcionar, sobretudo, diversão e encantamento ao público. Era uma arte do entretenimento.
O circo se apresentava como uma atividade de grande fascínio na sociedade europeia do século XIX. O corpo era o centro do espetáculo das “variedades” apresentadas pela múltipla atuação de seus artistas. Pode-se dizer que o circo surgia como a encarnação do espetáculo moderno e seu sucesso era inegável nas diferentes classes sociais que assistiam ao mesmo espetáculo, embora em dias e horários diferentes.
REFERÊNCIAS
CASTRO, A. V. O circo conta sua história. Rio de Janeiro: Museu dos Teatros – FUNARJ, 1997.
Educação Física / vários autores. Curitiba: SEED-PR, 2006. p. 95-96.
TORRES, A. O circo no Brasil. Rio de Janeiro: FUNARTE, Editora Atra-ções, 1998.
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